o céu aqui tem uma mania diferente de adotar cores doces e aconchegantes nas horas que encerram os dias, independente do que se marque no relógio e do que se guarde no peito, o céu aqui se colore pra te abraçar.
me abraçou quando uma da manhã, uma lata de cerveja, um cigarro e a voz do outro lado da linha do telefone que demorou demais para chegar escutava eu me desculpar por praticar o desapego.
o céu aqui brilha limpo, também,
nem uma nuvem, daquelas que se escondem nas beiras das montanhas do meu lugar, chamando pra um passeio de algodão bem alto, longe de tudo. aqui brilha, forte e quente, o dia todo e quase todo dia. e ao meio dia seu verbo preferido se conjuga, o dia todo e quase todos os dias eu queria conseguir.
mas quando o sol esconder e o céu não brilhar
você sabe que eu vou estar aqui, vou esperar o tempo que for.
abstraindo dois tempos, dois nomes, e a insegurança que um dia me acompanhou
eu me entrego ao que vier como consequência
desejando que seja a segurança do seu abraço.
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