sexta-feira, 13 de março de 2009
- folego ;
Vai saber que nome dá a isso que vem a mim vezenquando, criando contraste de tudo que há pra nós. Sim amigo, eu sou assim, e não adianta querer mudar as coisas agora, falta pouco. Pouco . . . pouco a mim, pouco em nós, pouco ficou. Repita várias vezes ' pouco pouco pouco ', soa estranho ? As vezes eu me perco nas palavras, as vezes as palavras se perdem em mim, e no pouco que restou eu perdi o pouco que doei. E vai saber do muito que se tem, vai saber ! Sabe-se, no agora de outrora, que nada aqui se mantem, e o muito que se ganha muito se perde, muito se vai. Foi, foi embora e não me levou, não quis me levar. Muito pouco. Fugiu de mim, correu sem nada, deixou prá trás comigo, e só comigo, o muito que ainda se tinha por perder. Ou não, não é mesmo necessario perder, eu não perdi. Guardei. Tem o cheiro dos dias que não passam, alcool e fumaça. Tem as marcas das tentativas avulsas de jogar na lixeirinha no canto do quarto. Mas vezenquando vem, vezenquando vai, e toda hora de escuro, de frio e de medo eu me lembro ainda mais.
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