quinta-feira, 26 de março de 2009

- hey rockers

Quando eu fui embora não foi sabendo que veria o reflexo de calças coloridas tão mais largas e olheiras ainda mais fundas que essas que a genética presenteou. Que seria de dor, nas costas, pernas e coração, que eu me queixaria em silencio. Viria insónia cheia de cansaço, fadiga. Viria o gosto de amigos da padaria da esquina, alivio imediato temporário.
E agora eu que já não sei mais do gosto frio dos primeiros raios de sol matutino e nem me preocupo se chove e molha a saída de asfalto, fico sentindo o chão gelado pra ver se encontro algo semelhante a partida pra não ter onde chegar. Insegurança paralisante que impulsiona mil atos de desespero carente, talvez, quem sabe, cale a saudade. Sonhar acordada não vai me levar a lugar nenhum, a não ser estacar no meio do caminho dessa juventude de cabelos desgrenhados e ideias desleais, diferentes do que eu quero e espero, mas completa e mecanicamente iguais ao que eu sou e o que me agrada ser.
O que importa agora é esquecer o medo e a solidão. Correr. Onde estão seus objetivos e ideais? Nem tudo é ilusão, e quem sabe nesses próximos dias ensolarados eu acorde com vontade de me pentear e ler um livro outra vez. Mas por enquanto eu quero a paz de uma guitarra, uma garrafa, algum desleixo vaidoso e coraçoes partidos. 
É, eu so tenho dezenove anos e não sei porque deveria querer me preocupar! 

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