quinta-feira, 19 de março de 2009

- pupila ;

se eu respirar de perto e suspeitar que é amor,
quem sabe eu sequer me engane, quem sabe eu ame.
vai saber do tempo ou coisa que o valha
o que eu sei é da vontade
que não passa, que alastra
que domina e me rebaixa.

em qualquer outrora eu me envergonharia
beberia e na loucura me perderia num outro lábio qualquer,
mas no instante que cresce agora só me faço a desejar você
na outra ponta do sofá
e na sombra vazia da cama


a voz dele cantando na varanda
e a sua na minha alma
a nossa, essa me manda esperar
e eu obedeço, feito cachorrinho domado,
to te esperando, no portão
e aqui fico sentada, o tempo que for


mas uma hora qualquer, numa estação qualquer 
. . . 

Nenhum comentário: