quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

- um pouco de fé;

tem nome a minha vontade.
tem cheiro, tem cor, tem toque, mas nada disso me pertence.
pertence ao peito a vontade, vontade com seu nome
que é vontade do seu cheiro, da sua cor, do seu toque.
vontade do calor que me falta quando o medo me abraça apertado,
calado, calado.

é só solidão.
é rejeição, é revolta, é só paixão.
e todo o problema estar em ser só, 
só sozinha vejo tudo chegar e passar.

passa comigo, passa por mim
arrasata e enfraquece, destrói cada grão de amor.
é, amor, esse seu amor.
ah esse seu amor . . . esse seu amor que abstrai tudo que é ruim
mas que sempre leva junto tudo que resta de mim.
que me traz rimas mas parte com um poema confuso, desgosto.


essa sua palavra, que me beija e me cala.
é, tem nome.


- cósmica

temporal que bate na janela, traz desapego apavorado
medroso instinto que conduz o caos da evolução
nessa necessidade de crescer e aprender a caminhar sobre meus próprios pés.
não estou pronta pra fluir em meio ao destino que só a mim pertence, 
sinto falta do cuidado, do caminho previamente traçado e bem guiado que segui ate então.
cantam os insetos com a voz da solidão
eles trazem um tom carregado de agonia
explanando um lugar que não é meu, um lugar onde eu nao sei ser.
mas é aí que o vento me lembra que é onde eu cheguei pra aprender.

grita em paz insegurança, arrebenta o peito e congela o que ficou pra trás
daqui pra frente somos eu e eu. eu e eu.