domingo, 30 de novembro de 2008

- penicilina ou democracia;

gosto de me esconder atrás de palavras que não dizem absolutamente nada sobre mim.
insistindo em procurar as coisas doces que concretizem o EU
que talvez ainda esteja guardado
pra ser entregue ao VOCÊ que eu ainda não encontrei.
e pensar em desistir já faz parte de mim
mas é a parte que eu, deveria, mas não escuto.
faça dos meus boleros sobre cada noite em que eu não tive com quem falar
desculpas por sentir falta de algo que nem existiu.
pra toda cura existe um mal.
pianos podem contar como faz falta.


.

- the city is at war place;

mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.
mentiras deviam ser sempre mentiras.

- reticencias;

manhãs de finais de semana, geralmente, são manhãs de ressaca.
são nas manhãs dos finais de semana que você repensa
até onde quer ir
até onde pode ir
até onde foi ou vai.

manhãs de finais de semana tem sabor de figado enrolado
de braços nauseados
olhos embaraçados
ideias transtornadas
e lembranças aleatorias.

nas manhãs de finais de semana você nunca mais quer fazer de novo
ou quer fazer agora mesmo.
na verdade nas manhãs de finais de semana você nunca sabe o que quer.

hoje é manha de final de semana.

- desabafos.com

oi, meu nome é decepção.


uma vez você disse por aí
que o pior sentimento do mundo era decepção
e agora eu realmente sei do que você estava falando.

acreditei.
outra vez, como sempre acredito
acreditei dobrado dessa vez,
pra não correr riscos.

me decepcionei dobrado dessa vez.

e agora, quem poderá me defender?

domingo, 23 de novembro de 2008

- de tudo resta o pouco;

cantar pra ninguem escutar
as fantasias colhidas naquele pé de maravilha que o temporal não derrubou.
perder a inocencia é o que se faz nos poemas das radios que os outros,
e somente os outros podem ouvir.
o doce amargo das derrotas saturadas ja não faz sentido,
não no meio do medo com que você me presenteia!
mas eu não me deixo aflingir com esses sentimentos fajutos e sem face
o que importa é ter o coração tranquilo bem cheio de verdades egoistas.
já que eu estive disposta a esperar o que não vai chegar nunca
desabafo, num momento de estupidez desajeitada,
que cansei, como eu sempre soube que cansaria,
como eu sempre soube que desistiria sem resistir.
mas desisto de peito aberto
talvez até inflado com a esperança de querer mais uma vez
ou não.
e nessa confusão me sinto livre da culpa
pois sei que o quanto pude te presentiei com o carinho que insistia em renegar.

:(

- sobre amor e saudade;

dorme.
dorme e sonha bonito, amor meu.
conta as estrelas do céu que vem na noite protestar meu peito ritmado ao seu.
sangra a saudade que inunda o chão lá fora, junto às gotas da chuva,
essas mesmas que cantam uma sonata cifrada em notas,
hoje tristes,
minhas pra você.
sente agora, amor meu,
que minha distância não significa minha ausencia
e espera, espera o tempo passar.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

- entrelinhas;

insegurança.
onze letras e dois mundos.
ou a ponte entre eles,
ou o rio entre eles,
ou o nada entre eles.
traduzo em três, as antes onze : nós.
e com as três, que já foram onze, acredito nas quatro
que aqui deixo subentendidas por você que tem as cinco
em que eu penso antes de dormir.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

- verbetes pra se ganhar um coração;

procurando as melhores palavras pra te situar do poder de cura da tua presença,
percebi que tudo que eu sinto por você se resumiria numa pantomina de dois atos:
um olhar e um toque.
você ja conhece ambos, estão decorados e ensaiados
e sabe que no turbilhão de reações intrigantes que ousam chamar de paixão
( mas que absurdo chamarem a pureza de paixão! )
vai encontrar a segurança que tanto anseia.

- um punhado de estrelas maduras;

acordei com medo de falar de flores.
tive que me forçar a sentir aquela presença que de repente se fez ausencia
e me toquei que as expectativas se transformam.
nos dois milhões de nós sentimentais em que vivo emaranhada encontrei a saudade e o carinho, totalmente livres do amor casual que eu vinha sendo refem.
abstrair é preciso, superar necessario!
incondicional é a vontade de guardar pra sempre um passado em que aprendi as coisas boas que hoje posso chamar de verdade.

domingo, 9 de novembro de 2008

- ana e o mar;

'porque que o mar não se apaixona por uma lagoa ?'

e ela dizia que sempre soube, enquanto sorria com o aparelho que entregava a pouca idade.
e eu sorria com malicia, esperando não assutar com todos os meus anos a mais.
não que isso faça uma grande diferença, é apenas calendario
a diferença é a gente que faz.
o que são cinco anos a mais ou a menos
quando os dois lados estão com as pernas bambas
e dois milhões de borboletas salientes na boca do estomago ?
eu não vi nenhuma !
a mão gelada dela segurava a minha
e o nó na garganta era quase um só.
e de repente eu esqueci do resto do mundo
dos dias, meses e anos
nada mais importava . . .

' porque a gente nunca sabe de quem vai gostar'

- domingo;

quem inventou o domingo é filho de uma mãe muito boa.
não consigo pensar em nada pior do que as manhãs de domingo,
não existe no paralelo universal
coisa mais tediosa e estúpida do que as manhãs de domingo.
não servem pra nada, não produzem nada
as pessoas sempre estão feias nas manhãs de domingo.
o dia sempre está mais feio nas manhãs de domingo.
os cães nem latem!
domingo cheira a chuva e coca cola com limão,
mesmo assim eu não gosto dos domingos.