terça-feira, 7 de abril de 2009

- índole caprichosa ;

Olhos vermelhos de chorar a falta que você já não me faz, ardem cansados de madrugadas aflitas, de musicas lentas e fotografias de que eu não faço parte. É assim que dou-me por vencida, sentindo em regresso costumes antigos, aqueles que costumavam me costurar em sonhos nossos. Covardia pura essa minha de fantasiar orgulho prum carnaval de depressão, quero mesmo é ir correndo, confete e serpentina, atrás do bloco onde 'eu te amo' funciona bem apenas pra uma canção de três acordes e solidão. Segue-se nessa de mascaras sorridentes, que bailam a noite toda brindando a mediocridade da substituição, mas que logo se jogam num canto, inseguras, desejando que o feriado chegue ao fim de outro alguém.
Quadros sem qualquer bom gosto me fazem companhia enquanto sinto o cheiro azul la de fora vindo apagar o parecer de flor murcha que você plantou por aqui. Doeu-se flagelo impiedoso quando rejeitou meu cuidado por pura inquietação, mas que receio sujo com alguém que lhe quis presentear com o mundo ! 
Pois bem, é com vergonha que admito que me dispo desse carater magoado, deixo por paginas passadas e sem cor prantos que me partem. Deixo a fuga esvair poesia e me trazer de volta o que um longínquo sopro de pés gelados conta nunca ter deixado de me pertencer. Faço prece de inseto, nada válida em solitude de chuva, mas gigante em mim que te aguarda. Sujeito-me ao risco, que é sonífero longe do teu lábio de calor gelado. E me entrego, finalmente, a concórdia da distancia que me doa tempo seguro de si, onde não desmorono nunca mais.

Nenhum comentário: