sexta-feira, 24 de abril de 2009

- barulho de pés molhados ;

Olha só, não é que o céu azul do centro - oeste resolveu chorar e soprar frio um consolo pra minha tarde de planos fracassados. Pois é, mais uma vez o telefone não toca, e quando toca esmorece minhas expectativas de pode ouvir você dizer qualquer coisa que leve pra bem longe esse gelinho entorpecente que toma conta do vácuo físico entre o coração e a garganta. Chega a ser inspirador olhar o portão ficar ensopado enquanto espera calado que você apareça. É, já faz tempo que você não vem, talvez tenha se perdido, ou talvez se encontrado em outro alguém. Mas meu portão não liga. Andei pensando em pinta-lo mas tenho duvidas sobre qual é sua cor preferida. Quer saber a minha? Não, provavelmente você não quer, sempre assim, faz-se do tipo que nada importa e nem tem graça. Eu faço plagio e ignoro seu desapego fazendo que te irrite minha insistência sobre felicidade. Relâmpago, trovão, eu tenho medo mas acho bonito. Tão bonito quanto as cores do teu olhar quando acorda junto ao meu, aquelas cores que tem cheiro de sono e que fazem meu dia menos preto e branco. Mas também tem seu sorriso, ah sim, esse guarda as cores mais raras do mundo. Acho que é bonito o arco - íris de quando ambos se misturam, um degrade de tons nos quais eu mergulho de peito aberto. Mas faz alguns dias que as noites são mais escuras e a chuva chegou pra me lembrar que o tempo desbota aquele tal de amor.

Nenhum comentário: