Tentei te esperar
em tanto relutar
o presente que ganhei.
Mas coração amargo
já tão pobre e machucado
nem se lembra do que falei.
É tanto desespero
que o sono vai ligeiro
outro berço procurar.
Enquanto eu fico em solidão
rabiscando uma canção
pra sem medo eu cantar.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
- Meias sem pés;
E o coração bate tanto que balança
ainda não sei como não se cansa
desse peso morto, pelo entorto, carregar.
ainda não sei como não se cansa
desse peso morto, pelo entorto, carregar.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
- Quebra-cabeça ;
Queria me casar com você.
Numa tarde de chuva,
em que você usaria uma blusa xadrez e eu um vestido marcado.
No espaço de muitos abraços e festa de amigos, os nossos amigos.
Ir para casa preparar nossa comida preferida,
qualquer coisa entre os congelados na geladeira.
E o que acompanharia seria uma cerveja.
Usaríamos meias como sapato, escorregando até o nosso sofá.
Colocaríamos nossas músicas preferidas pra tocar,
discordando da maioria.
Assistiríamos qualquer bobeira na tv,
só pra despistar que o que eu gosto de olhar
na verdade é você.
Todo dia arrumar a cama e o armário no final,
tomar um banho e de cabelo molhado
achar que tua melhor roupa é o pijama,
e o melhor lugar do mundo é o teu lugar na cama.
Dividir o chocolate, o chá mate, o desparate.
Olhar você dormir, te pegar me olhando quando eu acordar.
Chorar sem motivo e gargalhar sem porque, mas com você.
Te descontar os meus problemas, meus dilemas
e ganhar de recompensa teu sorriso em forma de poema.
Eu queria.
domingo, 16 de janeiro de 2011
- cadeiras vazias;
Hoje o frio entrou pelo lugar que você deixou
E não havia cheiro de sono, sintoma de abandono
Que ocupasse com maior cuidado escrupuloso
O momento preenchido de solidão.
Faça me o favor
De quando voltar e for me abandonar
Se prestar a gentileza
De as luzes apagar, a ultima porta fechar, e a janela da cozinha trancar.
Que não reste nenhuma prece
E muito menos que um trago de cigarro onde o peito fortalece
Qualquer meio barato de entrar em descompasso
É valido, se você quiser.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
- telefone celular;
Há de avisar que ao outro lado ainda se planta vontade, mas que o desespero da saudade engole um drink a mais. E não degeneras, meu caro, desprezo saudável a quem lhe quer bem se não procurar outro alguém em quem se encontrar. Como se já não bastasse o pouco caso do sossego que me cria solitária em todas as noites, te pego em meu colo e brindamos o relento. Conto o tempo em cada assovio do vento.
- one awkward silence ;
E nessa canção de silencio solidão
danço o rock do teu samba criação,
reaverá em qual momento que tomei meu coração?
- It's been a hard day's night;
Na borda de um pandeiro
escorrendo nas cordas de uma viola
está a voz efusiva que atravessa a rua e a alma.
Tranquei as portas
mas pela janela vem o barulho da chuva no rio,
e faz frio.
Eu caminho em passos desajeitados
soluções de um bordão gritado em porta de bar,
alimenta a tortura que tua ausência criará.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
- falta de fé;
Tenha lealdade em ruptura desleal
e diga-se ao descasoque esse caso mal casado acabou.
domingo, 9 de janeiro de 2011
- amarelo;
Não transparecer,
o quanto eu fico transparente quando penso em você.
Não exaltar,
o quanto a alma fica efusiva ao se lembrar.
Não controlar,
o desejo submisso de te guardar num lugar só meu.
Não errar,
enquanto faço tudo certo para te afastar.
sábado, 1 de janeiro de 2011
- papeis em um copo;
Tempo não define importância de nada.
Intensidade não se constrói com período pré-estabelecido.
Acontece e te domina, e com o tempo ela fortalece ou desaparece.
Acreditei em coisas de ontem que semana passada não fariam sentido.
Em poucos dias, em poucas pessoas, construí um abrigo.
Onde ventou e choveu, mas tempestade nenhuma destruiu.
E agora que o tempo pode ser justificativa,
Eu não preciso de nada que me habilite crer no que sinto.
Foi-se nó, dito que não minto.
Dar fé ao que se tem
Ao deixar de esperar quem já não vem.
Assinar:
Postagens (Atom)