sexta-feira, 5 de novembro de 2010

- agora que faço eu?

Decurso em desuso sobre casual vontade,
eu discordo.
Mas suponhamos que prossiga,
e sobreviva,
esse trato
( que não fiz com o diabo mas que quero mandar pro inferno )
eu espero que do outro lado a água que cai das nuvens também mate de saudade.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

- robôs;

Hoje você já disse para alguém o quão aquela pessoa é relevante nos seus dias?
Se permitiu abraçar e doar carinho em qualquer espécie pra quem te quer bem?

Sonhei com minha avó essa noite.
Lembrei do barulho das pantufas rosas que ela usava caminhando por toda a casa,
lembrei das minhas bochechas da mesma cor na última noite em que eu não fui vê-la.

Quando acordei mergulhada na saudade acabei por me afogar em lembranças remoídas
do pouco tempo que perdi para sempre.

Meu avô um, homem bom, outro que eu não me despedi.

Pedaços de mim que se foram distantes sem um adeus
por eu achar que sempre há tempo demais
mas nunca sabemos quanto tempo temos para sermos o bastante.

Coisas tangíveis que não sabem a que ponto vão chegar,
mas antes de partir deixe cada um levar o melhor de ti, que é o amor.

Então não existirá mais nenhuma forma de dor.